Estiagem no Sul e desmatamento na AmazôniaValdo Barcelos "Não quero flores no meu enterro, pois sei que irão arrancá-las da floresta". Essa frase correu o mundo e foi proferida pelo seringueiro, sindicalista e ambientalista Francisco Alves Mendes Filho (1944-1988), conhecido como Chico Mendes. Ele foi assassinado a tiros na frente de sua casa, em Xapuri no Acre, por matadores de aluguel, a mando de grileiros de terra na Amazônia. Era casado com Ilzamar Mendes, com quem tinha os filhos pequenos Sandino e Elenira. Existem assuntos que geram intensos debates e, depois, hibernam. De repente, são "acordados" e voltam à cena com grande força. O debate sobre a Amazônia brasileira é um desses temas que voltou à pauta nacional e internacional. E voltou com grande intensidade e virulência. Alguns chavões voltaram a serem repetidos 40 anos depois. São discursos recheados de bobagens, impropriedades científicas, quando não de bizarrices. Por exemplo: todos querem se apresentar como os verdadeiros e legítimos donos da Amazônia; que a Amazônia é o pulmão do mundo; que a Amazônia vai salvar o planeta; que a Amazônia é patrimônio de toda a Terra, etc.. Para aqueles(as) que andam procurando os donos da Amazônia, dou uma sugestão. Não os procurem em Brasília, Paris, New York ou no famigerado G7. Os legítimos proprietários da Amazônia estão onde sempre estiveram: na Amazônia. Vale lembrar a esses atuais defensores - alguns de duvidosa sinceridade - que os povos nativos de lá nunca chamaram para si essa prerrogativa de serem proprietários dela, por um simples motivo: a ideia de propriedade nunca existiu e não existe entre os povos originários. A Floresta Amazônica, para eles, é o mundo em que vivem, e, por isso, é um lugar sagrado. Não pode ser propriedade de ninguém. Esses povos estão lá há mais de 20 mil anos. Quem são eles? São os povos da floresta. Os povos da floresta da Amazônia, mesmo não sendo seus donos, são aqueles que mais a conhecem e a cuidam. São eles que serão capazes de manter a floresta em pé. E é em pé que ela tem seu maior valor. Os chamados "rios voadores" que garantem um regime de chuvas equilibrado em grande parte do Brasil, particularmente na região Sul, Sudeste e Centro-Oeste, tem sua origem na Amazônia. Poucos sabem, por exemplo, que os frutos nativos na Amazônia têm um alto valor no mercado nacional e internacional. O açaí e o cacau, só para citar os dois exemplos mais conhecidos, são capazes de render mais valor agregado que a agropecuária. O açaí rende 10 vezes mais que toda a pecuária junta, e cinco vezes mais que a soja. E vejam que isso não é opinião de leigo nem discurso de ambientalista. Isso é científico. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), junto a vários outros órgãos de pesquisa, ONGs e universidades, já acumularam conhecimento científico suficiente para mostrar, até mesmo para os negacionistas mais imbecilizados, que a Amazônia não é problema, mas, sim, solução. Para tanto, precisa que deixemos a floresta em pé. Acabei não escrevendo sobre a estiagem aqui no Sul. Precisa? Dei-me conta que não falei, também, sobre o garimpo ilegal e o assassinato de lideranças indígenas que ainda corre solto pela Amazônia. Fica para uma próxima coluna.. |
O PT e o fechamento da Câmara MunicipalRony Pillar Cavalli style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever"> O Partido dos Trabalhadores, além do seu método pouco ortodoxo de fazer política, com corrupção em larga escala, saque a empresas estatais, superfaturamento de contratos, tráfico de influência, inchaço da máquina pública com indicação de seus apaniguados para cargos de confiança e aparelhamento da administração pública e toda ordem de desmandos que costuma praticar quando está no exercício do poder, além disto tudo, é o primeiro a defender fechamento de repartições e comércio ao menor sinal de risco de aumento de casos de Covid. A Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria está com nova Direção, tendo por presidente vereador do PT, o qual em um de seus primeiros atos na Presidência já determinou o fechamento da Instituição para atividades presenciais em razão de um suposto acirramento nos casos de Covid na região. Apesar de ser real esta nova cepa denominada de Ômicron, também é fato que se trata de um vírus leve que, ao que se tem notado, não causa grandes problemas, causando sintomas leves e não se tendo notícia de nenhum caso, no mundo, que tenha sido de maior gravidade. Ao que tudo indica, esta versão do coronavírus pode ser efetivamente chamada de "gripezinha" e temos que conviver com ele sem mandar fechar tudo e fugir como covardes para baixo da cama. Além disto, estamos com 80% da população vacinada. É surreal, mas observem que a negativa de retornar de forma efetiva ao trabalho ou a facilidade de fechar instituições sempre parte do poder público, cujos agentes têm estabilidade de emprego e, mesmo com as instituições fechadas durante a fase mais grave da pandemia, continuaram recebendo integralmente seus salários. Estamos em um momento em que os estádios de futebol e até casas noturnas com shows já estão funcionando a todo vapor, todos lotados, enquanto que instituições públicas insistem em continuar com atividades não presenciais. Embora defendem que trabalham da mesma forma em ambiente virtual, sabemos que não tem o mesmo rendimento. Temos exemplo da Justiça Estadual que insiste em continuar trabalhando praticamente em sistema virtual e nós advogados, sentimos na pele que o que já era lento no Poder Judiciário está agora em verdadeiro "passo de tartaruga". O fechamento da Câmara de Vereadores para atividades presenciais passa um péssimo sinal à iniciativa privada, tão severa e drasticamente penalizada durante a pandemia, sendo que quem paga toda a conta é justamente a iniciativa privada, já que é a origem dos recursos do estado e este somente dispõe deles pela riqueza produzida na iniciativa privada, já que a administração pública não produz um centavo sequer de riqueza, apenas consumindo recursos. A leitura que se faz com o fechamento da Câmara de Vereadores é que o poder público poderá vir novamente pensar em fechamento do comércio em razão da pandemia, mesmo com praticamente toda população vacinada e sendo este novo vírus extremamente fraco. Além de tudo o que sabemos sobre os partidos da esquerda, especialmente o PT, tirem um tempinho para observar os gastos que parlamentares de esquerda promovem, com uso de recursos públicos e compare, por exemplo, com um parlamentar liberal como o Marcel van Hatten. Os de esquerda simplesmente usam tudo que é colocado à disposição do mandato, toda a verba, todos os auxílios, usam e gastam tudo, enquanto que políticos de direita, especialmente da direita liberal procuram usar o mínimo possível de verba pública, não usando fundo partidário, não usando auxílio moradia, etc. Partidos e políticos de esquerda são os maiores gastadores de recursos públicos e mesmo assim, odeiam a iniciativa privada que é quem financia toda a gastança por eles promovida.
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